sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Souza Pepeu e Cid Sampaio.

Em homenagem a partida de ambos para o andar "de cima". Souza Pepeu, à época radialista da Rádio Difusora do Nordeste e Cid Sampaio, Governador do Estado de Pernambuco. A data é 11.12.1959. Colação de grau de contadores, onde o Governador foi Paraninfo. Auditório do Colégio de Caruaru.

domingo, 24 de outubro de 2010

O central recupera credibilidade.


ENTREVISTA » JOÃO TAVARES

O empresário João Tavares é uma novidade à frente da diretoria do Central e foi eleito para a presidência do clube derrotando antigos caciques do futebol caruaruense. Em seu primeiro ano como diretor, ele já colocou um pouco de ordem na complicada questão financeira da instituição e anuncia novas contratações para o Campeonato Pernambucano de Futebol 2011. A gestão traz mais esperança para os torcedores centralinos, que sonham com a conquista de um título estadual. Nesta entrevista, João Tavares fala sobre os desafios e os planos para que a Patativa possa alçar voos mais altos.

JC – Por que você quis ser presidente do Central?

JOÃO TAVARES – Primeiro por ser uma pessoa nascida e criada em Caruaru, por ter passado pelo Central na divisão de base, de 1984 a 1987, por amar a terra e gostar de futebol. Sempre tive um carinho muito especial pelo Central. Na soma de tudo isso, e apoiado por algumas pessoas, resolvi enfrentar esse projeto de administrar o clube.

JC – Como estava o clube antes e agora, principalmente na parte financeira?

JOÃO TAVARES – O clube estava numa situação difícil, com funcionários sem receber salários há vários meses. Resolvemos isso e investimos na recuperação do Estádio Luiz Lacerda, que estava interditado pela Federação Pernambucana de Futebol. O clube também devia em algumas lojas do comércio de Caruaru e praticamente quitamos tudo. Hoje o Central recuperou a credibilidade, com o esforço de toda a diretoria.

JC – Como o senhor avalia a atuação do Central na Copa Pernambuco?

JOÃO TAVARES – Temos a intenção de fazer da Copa Pernambuco um laboratório para o Campeonato Pernambucano de 2011, então já era esperado os altos e baixos que o time está passando. Fizemos uma partida muito boa contra o Santa Cruz e fomos muito mal contra o Porto. Mas o importante de tudo isso é que a diretoria está atenta para que no final da competição a gente possa fazer uma peneirada e aproveitar alguns jogadores.

JC – Como a Patativa está se preparando para o Campeonato Pernambucano 2011?

JOÃO TAVARES – Já estamos trabalhando, mas o preparativos começam para valer no dia 1º de dezembro. Além de aproveitar alguns jogadores da equipe atual, vamos fazer novas contratações.

JC – Quantos novos jogadores serão contratados?

JOÃO TAVARES – Vamos ficar com uns dez jogadores, entre os da base e os que disputam a Copa Pernambuco, e contratar pelo menos mais 16 atletas. Pretendemos fazer um grupo com 26 jogadores, sendo três goleiros e dois jogadores para cada posição, mais uns três ou quatro para completar os treinamentos. Deveremos trazer jogadores do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, do interior, como também de Minas Gerais e do Paraná. E existe a possibilidade de trazermos jogadores do São Paulo, conforme uma parceria que já iniciamos esse ano.

JC – É possível tratar o futebol como negócio?

JOÃO TAVARES – No Central é muito difícil, tudo no clube é complicado. As pessoas que passaram por aqui já tinham me falado sobre isso, mas quando vim para o clube sabia que tinha todas essas dificuldades. Hoje o Central é um clube onde você só gasta, só investe, mas a gente faz por amor ao time e à cidade. Coloquei-me à disposição para dar o melhor pelo Central e assim vou fazer.

JC – Como fazer para o futebol do interior evoluir mais?

JOÃO TAVARES – No interior ou na capital, o mais importante é investir na categoria de base, mas infelizmente hoje nós não temos uma categoria de base, nós montamos uma praticamente às pressas. O Central tem um terreno muito bom nas margens da BR-104, mas precisa de investimento financeiro para fazer ali uns três campos e investir na categoria de base. Se a cada ano você conseguir negociar um jogador, o time já se sustenta. E depois disso, o Central precisa ganhar um título pernambucano. Só existem dois Estados em que um time do interior não foi campeão: Rio de Janeiro e Pernambuco. Para conquistar títulos é preciso manter um grupo homogêneo, com jogadores comprometidos com o clube e com a cidade.

Fonte: Jornal do Commércio

Edição de 18.10.2010