segunda-feira, 2 de maio de 2011

Campeonato Pernambucano de 2011: suborno, verdades e mentiras.






Muita gente fala que só se deve falar com provas. Isso é o ideal. Existe, porém, um ditado antigo que se aplica como uma luva no campeonato pernambucano de 2011. Onde há fumaça, há fogo. Quem é profissional da área jurídica, sabe que, por vezes, é quase impossível se provar algo. É o caso do crime de estupro, por exemplo, em que via de regra, apenas a vítima é que tem ciência dos fatos e se essa é assassinada no ato, muitas vezes o crime fica sem solução. Esse também parece ser esse caso de subordo. O acervo que o Náutico mostrou até agora não dá para o Sport receber uma punição de desclassificação do campeonato pernambucano, por exemplo. Mas ele demonstra, no mínimo, práticas inaceitáveis por parte de um clube de futebol. Qual o nome que se dá a tentativa de contratação de um jogador de futebol em plena semifinal de um campeonato, ele estando em seu principal adversário e concorrente direto à final? Isso é não é apenas falta de ética, é aliciamento. No minimo, repise-se, aliciamento, houve no caso. E salvo em hipóteses muito específicas, não é permitido esse contato direto entre o empresário (pai do jogador) e o time que está tentando contratar, a não ser que esse time comunique diretamente ao time atual dono do contrato do jogador. Por muito menos, o Chelsea-ING levou uma multa astronômica de 1 milhão de euros e ficou proibido de contratar por duas janelas de transferências no caso de Gael Kakuta, e olhe que o jogador sequer participava do campeonato ingles (era atleta do Lens-FRA).Para mim, porém não é só caso de aliciamento, é mais que isso, não somos inocentes de pensar em uma \"tentativa de contratação\" nessa época e nesses termos, acredito que houve foi suborno mesmo. Da mesma maneira, depois de escutar a entrevista da Valnei, ex-atleta do Central Sport Club, às rádios de Caruaru, entendo que o problema foi muito maior. Não fiquei convencido. O atleta fala que houve um suposto amadorismo da direção alvinegra e que o elenco precisava de uma \"blindagem\". Blindagem de que se o time só ganhava? E essa diretoria que pagava em dia, premiação, salários e fez concentração como clube grande, no começo não era, agora era amadora? E a saída sem explicação de Maurício Simões para um clube que passava por grave situação financeira e de uma hora para outra aparece com mais de 200 mil reais à vista? Isso para não falar que ele disse que o Jales apontou jogadores que tinham feito corpo mole, mas que ele não estava incluido, ou seja tirou o dele da reta, mas não isentou o grupo. Mais, disse que diversos jogadores tiveram propostas e que o Central não chegou junto para aumentar salários. Isso é, por acaso, motivo para o time deixar de jogar bola e ter um desempenho no 2o turno PIOR que os times rebaixados? Para perder 7 jogos em 8 partidas, sendo 6 consecutivas? Para um time que se sagrou campeão do primeiro turno do pernambucano, feito inédito para um time do interior de Pernambuco, com apenas 1 derrota em 11 jogos? Vamos ser realistas, algo ocorreu no Lacerdão. Talvez nunca saibamos com certeza, mas é muita informação, é muita notícia para que não exista nada. A minha tristeza é uma só, o Central tinha, sim, talvez em duas décadas, a primeira chance real de ser campeão pernambucano, e isso foi jogado na lata de lixo. Então, é a hora da reconstrução. É a hora de sabermos que só seremos campeões em pernambuco, quando nos estruturarmos, criarmos um ct, uma categoria de base que tenha amor e conexão ao clube, isso evita atuação extra campo, isso cria identidade e vontade de vencer por uma agremiação. Paramos com esse negócio de criar time, desfazer time, todo santo ano. Não dá, vamos fazer um projeto longo, uns 7 ou 8 anos pensando em, primeiramente, sempre nos classificarmos para as semifinais, depois, chegarmos de maneira regular (1 vez a cada 4, 5 anos, por exemplo) nas finais, pois assim seremos campeões. Um abraço a todos centralinos, com a dor de saber que o título estava nas nossas mãos e foi retirado, de maneira ilícita, da nossa guarda.

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